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domingo, 2 de setembro de 2012

O medo de falar sobre si mesmo

Nossa, dessa vez eu fiquei realmente muito tempo sem atualizar esse blog, mais de um mês! É provável que eu já tenha ficado mais tempo do que isso sem postar nada, mas do jeito como eu estava indo a um tempo atrás eu pensei que não fosse mais ocorrer hiatos [hipérbole] tão longos [/hipérbole] assim. E nem tentarei me explicar porque foi a preguiça mesmo que me deixou assim (além de algumas coisinhas relacionadas com a escola, fim de trimestre é correria master).

Mas parando de enrolar do modo como eu sempre faço, e não importa o que eu tente fazer eu não conseguirei parar com isso, eu resolvi fazer um texto um pouco mais elaborado, se eu posso dizer assim. A ideia surgiu a partir de um trabalho, na verdade uma produção de texto, que eu tive que fazer para Filosofia. Tenho que confessar que a princípio eu só ia fazer porque valia (junto com outros dois exercícios) 9 pontos, tanto que deixei para fazer na noite anterior a entrega, como eu sempre faço quando tenho que entregar  produções textos na escola, não sei porque mas parece que as ideias só vêm a minha mente nesse momento. 

O texto era basicamente falar sobre nós mesmos (eu, no caso). Deveríamos falar sobre a nossa aparência e nosso modo de agir e, para concluir o texto, deveríamos dizer se é possível conhecer sobre si mesmo. Logo que descobrimos que tínhamos que falar sobre nós mesmos, a turma começou a falar que era algo muito complicado, até porque realmente é, e que ninguém ia conseguir escrever sobre si mesmo em 15 linhas (o mínimo que a professora pediu) e blá blá blá. 

Eu era uma dessas pessoas que estava reclamando, e reclamei até o instante em que peguei meu lápis e meu caderno e comecei a escrever, meu texto fluiu tão rápido que eu me perguntei porque eu realmente estava reclamando, sério, eu passei das 15 linhas em uma velocidade que eu até resolvi cortar algumas coisas para não deixar o texto muito longo. E agora, menos de uma semana depois de eu ter escrito e entregue para a professora, eu percebi uma coisa: é lógico que nós não nos conhecemos por completo para falarmos tudo sobre nós mesmos, eu até coloquei no meu texto que as vezes nós não percebemos nossas boas qualidades eu apenas ignoramos nossos defeitos, mas o que realmente estava nos dificultando a fazer aquele texto não era não nos conhecermos completamente, até porque, pelo menos o suficiente para por no texto, nós conhecemos. O que provavelmente nos atrapalhou foi o medo de falar sobre nós mesmos.

Posso até estar generalizando, mas todos, pelo menos uma vez na vida, querem ser o centro das atenções. Sempre tem alguém que quer contar como foi seu fim de semana, ou então mostrar algum talento especial, até mesmo contar  histórias engraçadas que já aconteceram em sua vida, não importa como, mas todos gostam de ter um pouquinho do ego inflado, por favor, quem não gosta de receber um elogio? Porém muitas vezes, ao fazermos isso somos julgados como esnobes ou exibidos, algumas pessoas realmente são desse jeito, mas outras fazem sem querer.

E é esse medo de ser julgado como esnobe ou exibido que nos trava na hora de falar sobre nós mesmos. Querendo ou não você se importa com a opinião dos outros, pode tetar de tudo, mas aquilo vai te atingir, mesmo que só um pouquinho, mas vai. E é querendo não ser julgado que muitas vezes escondemos quem realmente somos, muitas vezes não mostramos nossas habilidades por completo, muitas vezes nos diminuímos. Tudo por causa desse medo. Como eu disse anteriormente, nós sempre nos importamos com a opinião dos outros a nosso respeito, mas não é por isso que podemos nos deixar abalar com isso, não podemos mudar o nosso jeito de ser por causa da opinião dos outros, na verdade nós não devemos mudar pela opinião dos outros, a não ser que essa seja realmente a nossa vontade.

Bem, esse texto realmente ficou maior do que eu imaginava, e eu posso até ter falado um monte de besteiras aí acima, mas essas foram coisas que vieram a minha mente de repente e eu resolvi que queria colocá-las aqui, apenas para expor minha opinião (que você não é obrigado a concordar). Espero que tenham gostado, isto é, se tiverem lido tudo isso.

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